Se a vida é uma escola, é melhor a gente não se formar nunca!

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sábado, 23 de junho de 2012

ARTE & URBE

O LIMITE ENTRE URBANISMO, ARQUITETURA & ARTE
NEM SEMPRE É EVIDENTE.


"A cidade é um artefato feito no tempo".

Aldo Rossi em "Arquitetura da Cidade"


arte
fato
tempo



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Rua Augusta X Caio Prado




Terminal Bandeira






Ladeira da Memória, próximo ao metrô Anhangabaú.




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ASCENSÃO
ESCULTURA DE CHARIS BRANDT

slides
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Fotos meio assim...




















Rua Quinze de Novembro, centro velho de São Paulo



É como viajar, atravessar fronteiras e caminhar por outro país.
Há momentos em que o tempo nos trai, e pensamos estar na Veneza de Dante, exilado.
Ou numa aldeia francesa.
Das janelas antepassados parecem nos epiar, e rir ao nos ver confusos.
Caminha-se entre camelôs e vendedores estridentes nos lembrando a venda e a compra eterna que é viver. E ao voltarmos estamos incertos de se o tempo - esse estranho senhor de nossas vidas - corre adiante, regressa, ou simplesmente inexiste

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Na Praça Roosevelt os teatros de vanguarda sempre contam com bares descolados.


Rua Nestor Pestana, quase esquina com a Rua da Consolação, pertim da Praça Roosevelt.
Uma parte da parede do bar conta com tijolos de vidro.
O efeito sempre surpreende.





Praça Roosevelt, aqui a esquina da Rua Martinho Prado X Rua Nestor Pestana,
Após a derrubada da Kilt's, a casa de prostituição, agora se pode ver a igreja Presbiteriana do outro lado da quadra.
A armação à direita é parte da reforma do Teatro Cultura Artística.
O jogo de luz da igreja com o céu e a lua resulta nesta imagem muito insólita.




Véspera da inauguração da Nova Praça Roosevelt.
Ao fundo o colégio Caetano de Campos, na Rua Guimarães Rosa, juntinho da praça.
Então se colocam holofotes e os prédios surgem como entes vivos na noite.
Seres que tentam dizer de seu passado, de como, neste caso, ele era um colégio da elite, o antigo Colégio Alemão. E hoje abriga uma escola estadual que foi retirada da Praça da República, derrubando assim toda a ênfase e dignidade que o curso secundário contava pictoricamente em nossa cidade.

O colégio tenta desabafar sua saudade da Praça da República.
E tenta se acomodar nesse edifício, também belo, mas oculto da cidade, e com várias partes ainda abandonadas e clamando por restauro.

Rua Caio Prado.
Aqui a população da cidade deseja um parque.
Trata-se de um terreno gigantesco, cheio de árvores.
Mas há outros interesses, outros olhos interessados neste lote...


Galeria Zarvos.

Praça Roosevelt.
Ele aguarda, na manhã seguinte, dia 29 de setembro de 2012, a reinauguração da praça.

Praça Roosevelt.


Edifício Martinelli.

Galeria Zarvos.

Mackenzie, campus Consolação

 "Alô? (...) Como assim como estou me sentindo após nossa separação...?
Tô de boa, claro!"
(Prédio Martinelli)
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Rua Caio Prado.








Estátua viva - Fernando Pessoa, no centro velho de São Paulo. 







Rua São Bento, loja de eletrônicos.




Portaria de um prédio na Rua Major Sertório
Vila Buarque





Era uma cidade velha, algo cansada, desgastada por seus muitos amantes.

Outras cidades, suas primas, tinham até mais idade, mas ali viam-se as rugas que o tempo prega nas paredes, nas esquinas e nas sarjetas das cidades esquecidas.

Ali haviam belos prédios - e mesmo prédios feios também, é bom que assinale!

Mas, como eu dizia, haviam belos prédios, de tempos antigos.
Aqueles prédios contendo cornijas, entablamento, frontões e estuques do classicismo. As portas eram fantásticos, altaneiros, monumentais!
Serralheiros italianos, gregos e de outros povos, haviam esculpido portas únicas, maçanetas exclusivas, jogo de luzes e vitrais delicados.
Acontecia que, assim como as velhas damas descansam esquecidas nas suas varandas, em cadeiras de balanço, ignoradas, essa cidade era olvidada pelo seu povo.
Zanzando de um lado ao outro, todos corriam, e não notavam as maravilhas que os ladeavam.
 Então as fachadas orgulhosas, sofriam o desdém dos citadinos, e lhe restavam apenas usar as máscaras, os rostos esculpidos nos frontões e nas gárgulas, para cantarem, ao léu, canções de notas longas, que não se ouviam das ruas.
Apenas os telhados com velhas telhas, captavam aquela música leve, 
como o canto das baleias veteranas.
As pessoas, sempre com urgências, seguiam alheias, sem escutar o som das construções antigas, aquele canto dos cisnes, que sabemos, só entoam quando... você já sabe.













A ALDEIA DOS HOMENS
Ensaio fotográfico de uma cidade nua

Pode ser apenas um plug de tomada para parede - ou uma cidade no ermo... 
Uma peça de elétrica no chão do escritório virou nossa aldeia!


E se, dentre as milhares de fotos que tirei da cidade de São Paulo, eu selecionasse as melhores? Bem, fiz isso e guardei num arquivo chamado "Arte & Cidade", por cerca de 2 anos. Como apresentar este conjunto? A primeira ideia foi montar um powerpoint e postar no slideshare.net. Mas não poderia ser uma montagem banal: deveria ter algum charme.

Assim nasceu este vídeo com fotos cuidadosamente trabalhadas - primeiro na cor, luz e textura. 
Elas tendem para o excesso de contraste e luz, para criar uma nova ambiência. Depois são recortadas em slides com fundo suave, mostrando a rampa em espiral no terminal Bandeira. Legendei-as, depois retirei as legendas: estava excessivamente didático e isso ofuscava o efeito desejado, que era deixar a imagem falar por si só. Tencionei arrancar a força da beleza ao máximo, em cada imagem. Assim, não há textos, exceto em poucos casos onde julguei ser isso valioso.

Não há um pensamento singular por trás das fotos. Há uma cidade que se apresenta nua, com belezas e angústias, da qual busquei retratar uma face lírica. A Aldeia do Homens é um trabalho livre, um uso das ferramentas atuais de mídia como arte; e a arte, entendo eu, deve provocar pensamento, reflexão, ojeriza ou apego. Jamais indiferença. Um jogo de imagens que se aproxima da literatura - se é que isto é possível.


vídeo




slides em pdf
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Antony Gormley – Corpos Presentes
Estátuas espalhadas no centro da cidade de São Paulo
vídeo
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CASA AFLALO
slides
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Vila Kosmos, Rio de Janeiro, RJ.


Viaduto Martinho Prado, Av. Nove de Julho, in Sampa.

Estádio do Maracanã, 2012.